Os sentimentos às vezes são como hélices, velozes, que se abaixam e aparam a geografia superficial dos mundos. Caster e Pólux se posicionam, buscando Aldebaran, excluindo sensata a enestralmente direção da luz, decidindo o ambiente, por onde passa, com sua saia de luz congelada! A parte da paz que se instala no interior corújeo da estrela se expande ao contrário, em parte de si, e se relança, por entre a luz, pobre veículo do sentimento mais nobre e viril... Aveículas se espargem por entre as gotas oleosas de som em átomos, sustentando a necessidade de se manter tudo equilibrado assim!
Agora descobri porque me pedes e ordenas mostrar-te a minha crueldade! Porque me chegas nesse olhar averiguador, perceptivo, sagaz, cujo mínimo rictus de um pequeno sentimento de raiva não expressada não lhe passasse, e jogas as sementes da dúvida, do desconforto, do desprezo, da malevolência, do desrespeito. Agora sei porque adornas os atos mais ignóbeis com os enfeites da bondade, da generosidade, da amabilidade, da quase servidão.
Porque seria essa a única maneira de arrancar do meu coração o sentimento de bem estar que me toma de forma tão morna, tão tranqüilizadora! Porque seria a única maneira de eu te legitimar que nada do que aconteceu valesse a pena. Desse jeito, teu peito rasgado, mutilado, pudesse se curar mais rápido de um engano, do que de uma perda irrecuperável...
Não diga “eu o amo” se você apenas quiser dizer, que nesse momento você está sentindo muito amor. Recuse aceitar o jogo do outro, por essa ser a única maneira de tê-lo por perto, porque você não está fazendo diferente. Quando toda e qualquer atitude perante uma situação for-lhe desfavorável, decida-se pela menos prejudicial a você mesmo. Não se exponha de maneira desagradável, tentando ganhar um pouco mais de atenção do que o de costume. Durante a raiva, separe e pense que maneira seria a da sua vontade e a mais justa, antes de agir.