
E você que nunca ardeu,
de que valeu guardar o corpo pra mim,
que o consumirei
lenta
e dolorosamente,
Que junto com meus escaravelhos penetraremos fundo suas carnes,
corroendo,
despindo-lhe até os ossos de um corpo que você achou que era seu,
como pode lhe negar amor, vida, movimento, graça?
Por que você destruiu o monumento que eu própria ofertei?
Francisco Vieira
29/11/10