
Eu abandonei tua casa pelas portas do fundo,
como um ladrão, fugitivo que era da tua força de comando,
que dormia atrás da porta da frente.
E foi uma lufada de brisa doce, úmida e fria
que despertou o carrasco de que o rato, que ele mantinha,
havia buscado as paragens escuras e sombrias da noite.
E quanto luminosos para o fugitivo errante,
pulmões cheios de esperança,
pareceram aqueles caminhos desconhecidos, excitantes!
Na porta dos fundos, sob a luz pálida e mágica, olha o raptor,
pela imensidão das árvores que cegavam qualquer luz na escuridão,
debruçado sob o peitoril da própria covardia por sair...
Francisco Vieira
15/02/11
Imagem disponível em http://tinyurl.com/6353rpj em 15/02/11