Pleno
Não há nada que eu escute mais
do que o que é dito diretamente aos meus olhos,
olhados pelos olhos teus.
Quando o som que ouço
ao murmurares “eu te amo!”
de maneira tão simples e aberta,
é um objeto ínfimo
na disposição dos móveis e complementos
da sinceridade e da honestidade
desse olhar.
Na verdade é essa a casa onde eu moro,
aquela que vislumbro a partir do que vês de mim.
Não há dependência nossa, ambas,
da existência dessa casa morna, acolchoada,
mas assim que chegamos lá, ela, se materializam,
mutuamente, e assim nos deixamos ficar
simplesmente conversando,
pelo olhar, lendo os lábios, o som desligado.
Esta é uma ilha
que conquistamos além do frêmito
e do choque do encontro, por onde nadamos,
braçadas e respiração profundas,
nossos corpos se esforçando e se empurrando contra o outro.
Um momento de descanso
dentro de um momento de prazer.
Uma fatia de felicidade.
Francisco Vieira
07/07/2011
Imagem disponível em http://tinyurl.com/6ga3gzc em 07/07/2011
2 comentários:
Olhar direto, de amor reto, nos tira e coloca no sonho. Saímos da ilha só, para voltarmos ilha juntos.
Bela página de um ótimo diário!
Obrigada lindo Príncipe Fran, receber tão bela e singela homenagem deixa-me sem palavras.
Quem não ama, ou não se permite ao amor, jamais entenderá a beleza da vida.
Vejo nos seus olhos seu jeito de amar, vejo no seu jeito o prazer de sua amizade.
Obrigada por seu carinho em palavras tão lindas.
Fique com meu eterno agradecimento.
BeiJanesss com afeto.
Jane Di Lello.
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