Os meus fantasmas vão se pôr,
Quando cessar esta extensa claridade
Do dia,
E a noite trouxer fim às sombras projetadas
Na parede
A minha dor vai ter fim
Quando eu gritar tão fundo que estoure o baixoventre,
De fúria,
E secando as minhas vísceras espalhadas
Na parede
A culpa vai me absolver
Quando ela morrer enfim na origem de si própria,
De dia,
E não reste sequer um retrato seu
Na parede
O remorso vai me expor ao resgate
Quando tornar-se poço de amargura tão preta que,
De dia,
Não reflita nem um fraco raio de sol
Na parede
Contudo,
Eu não morrerei...
Francisco José
22/03/2010
segunda-feira, 22 de março de 2010
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