sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Onze mil novecentos e noventa





Eu quero voar.
Ao bater as asas

que devo fazer?
Me jogar?
De onde?

Estou entre o ontem e o amanhã, mas não no meio, no presente...
Que medo eu tive agora de parecer um lagarto, e passei que nem um cisco
pelo olhar das pessoas...

Qualquer lugar deve ser improvável que eu esteja,
conquanto me busque.

Nada nem ninguém há de me encontrar.


Francisco Vieira
01/10/10