quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

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Eu sou a sombra daquilo que eu não era.
E fui chegando em mim, tomando meus limites,
construindo outros mais profundos, mais abertos,
deixando de caber naquele corpo que se adequou todo,
a minha alma, e cresceu, alçando alturas nunca antes tão altas!

Porém eu nesse corpo novo não caibo em muitos lugares,
onde costumava estar, passar, e há sentimentos e
desejos tão diferentes daqueles de antes que, meu coração,
herói de toda a minha constituição física e mental,
precisou sofrer, de alguma maneira, para se adequar
a essa nova e deliciosa etapa de sentir.

Francisco Vieira
09/02/11


Imagem disponível em http://tinyurl.com/46scc37 em 09/02/11