quarta-feira, 27 de julho de 2011

Cadeias




Cadeias

Eu sou completamente enclausurado:
o amplo céu me enlaça com fitas de vento,
coloridas, ao capricho da incidência da luz.
Também acordo, enquanto os pássaros entoam a sinfonia
do alvorecer, saúdam o dia, lembrando que são felizes.
Desafino entre a exata distância afora o contato da pedra com o vento
que a lambe...
eu não posso imaginar ser livre, porque as ameaças de alegrias
e prazeres no fim do dia, no clímax do sol declinando, entardecendo.
Torno-me mais preso ainda, atado pelas mais abscônditas fímbrias,
por essa incerteza que certamente invade meu espaço antes povoado pela luz.
Envolvo-me então de seres alados
que protegem e estreitam um pouco mais
as cordas nos limites da minha existência.

Não meu irmão, Deus o livre de ser livre...


Francisco Vieira
27/07/2011

Disponível em http://tinyurl.com/3obg7jl em 28/07/2011