quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Andorinha

Passarinho, molhado do suor das minhas mãos,
arfante, livre dos meus diafragmáticos dedos,
quebrado, recompondo-se da fragilidade instantânea,
momentânea, despertada na retirada dos grilhões,
vai...

Termina teu despertar no vento, na aragem,
seca finalmente tua plumagem,
perdoa só agora ter entendido que não te libertando,
não permitiria a vinda de outros!
E eu me perdoarei também.


Francisco Vieira
05/08/10

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