segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
Corpo de baile
Acendei as velas, espalhai as pétalas, colori o mundo,
sofisticadas essências, cores cambiantes, metais, cetins, assovios,
sedas onde os amantes conectarão, plugarão suas almas famintas de si.
Tanta lauta refeição onde quanto mais se come mais se esvazia.
(Ser amante ao ponto de, na hora da despedida,
a mesma força e energia do abraço da chegada!)
Plantar a esmo, daqui para ali, desconhecendo a divindade,
existente na simplicidade do ato de semear,
porque se reconhece divino sem se saber ser,
sem considerar isso, sem pensar, sem imaginar isso,
na paz do não saber depois de tudo saber.
Semeias minha alma como quem assim faz, descuidosamente,
suas sementes enraízam, que se entranham, espetando-me unhas finas
fazendo florescer e colorir-se a minha alma, a qual arastes,
com o carinho incessante na lembrança dos teus dedos
que deslizavam, ora ficavam, demoravam-se, pelo meu corpo.
Francisco Vieira
17/01/11
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
Olhe! Eu digo, não sei, sei não!!. Mais digo, que sei não, porque sei. "Corpo de baile" Rejuvenecente, Você cada dia melhor.
Postar um comentário