domingo, 20 de janeiro de 2008

Chuva

A chuva é nossas almas chorando juntas nesse céu de imensidões magníficas, onde não cabe este amor que teima arder meu peito... erro? engano? Sem guarda-chuva, perco-me nas ruas e avenidas, completamente só, buscando um lugar seco onde possa chorar - baixinho - sem perder-me no caudal desta chuva miúda, insistente - debaixo dela, assim, não consigo esgotar as lágrimas desta tristeza imensa- será ela maior que nosso amor? Sim mudamos... mas a chuva não... o vento sopra minhas lágrimas e eu perdida tentando encontrar um lugar seco, aconchegante, morno, suave... Mestrado... tudo isso uma mescla de mistura de desculpas pra sair de perto de ti - não há possibilidade de vivermos sem nos consumirmos nesse amor... ele haverá de nos enlouquecer, de nos perder - e nos separar. Sei que os teus olhos pedem pra eu ficar, enquanto sua boca nos diz adeus... meus olhos em resposta quero te responda aos teus uma promessa de amor eterno... não tem jeito: o que nos resta é a fogueira... é esse amor...

Francisco José
21/01/2008

2 comentários:

Asinim disse...

Esse amor que nasce, cresce, quase morre e queima, no seu eterno fogo azul. Enquanto houver dor, haverá amor.

Francisco Vieira disse...

delícia esta morte lenta, passional e passiva...