“Até não haver porta para cair.”
A Daniel Bezerra Gomes
A Daniel Bezerra Gomes
Eu estive olhando as portas assim, absorto, durante dias,
os quais eu não ouso contar, na inecessidade dos mesmos,
e elas se revelaram muito tempo depois, porque desistiram
de se esconder nas suas atitudes fechadas.
Uma ou outra se abriu, deixou passar gente,
abriram-se e fecharam-se, outras jamais se abriram,
outras ficaram extremamente abertas expondo um interior
pouco inexplorado.
Enfim quando as portas se comportam assim, tão livremente,
na nossa frente descuidadamente, é que se pode rir,
tão ruidosamente, enquanto se destranca a própria maçaneta,
e se abre finalmente a esse ambiente entregue espontâneo.
Francisco Vieira
17/01/11
2 comentários:
Comentar só nesse mas estou lendo mais, gostei da vazante de ideia que há por aqui.
Parabéns!
A samsara, a roda gigante, o mundo dos cegos e visionários e suas milhares de portas... Caminhar, aleatoriamente, mas sempre com muita sabedoria...
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